O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizou, na sede em Brasília, o I workshop para Identificação de Áreas Prioritárias para Conservação no Banco dos Abrolhos. O evento foi realizado para reunir pesquisadores e informações que subsidiem uma proposta que visa a ampliar e adequar a rede de unidades de conservação existentes na região. Um II Workshop para discutir os resultados de todas as análises está previsto para ocorrer em agosto deste ano.
Na segunda edição da oficina serão discutidos os cenários gerados para a proposição de novas unidades ou redefinição das existentes. A ideia é fazer com que o II workshop valide e faça ajustes finais na proposta. O I workshop, por sua vez, realizado entre 29 e 30 de março, reuniu os principais pesquisadores que dispõem de informações sobre Abrolhos.
Dos vários objetivos alcançados, destacam-se a realização de acordos para disponibilização das informações que subsidiarão a etapa de compilação dos dados e da aplicação de ferramentas de suporte à tomada de decisão, a definição dos alvos de conservação, o compartilhamento das bases de dados provenientes de diferentes instituições e a definição da metodologia de planejamento sistemático para a conservação a ser utilizada.
De acordo com o analista ambiental do ICMBio, Rafael Almeida, Abrolhos representa uma grande oportunidade para utilização dessa abordagem por ter sido alvo de grandes esforços de pesquisa nos últimos anos e por estar submetido a uma crescente pressão antrópica, principalmente dos setores da pesca, turismo e exploração e produção de hidrocarbonetos.
Segundo ele, "diante desse cenário, a identificação do conjunto de áreas que precisam de proteção mais urgente, seja pela importância biológica, fragilidade, vulnerabilidade ou ameaça, é fundamental para orientar a elaboração e a implementação de políticas públicas, tais como a criação de unidades de conservação", disse Almeida.
Rafael afirmou que os recifes de coral da região dos Abrolhos compreendem a formação coralínea mais importante do Atlântico Sul, possuindo ambientes ecologicamente únicos ao formar estruturas significativamente diferentes dos mais bem conhecidos modelos de recifes de coral do mundo. "Além disso, apresentam papel crucial na manutenção dos processos evolutivos ao abrigar populações de aproximadamente 45 espécies consideradas ameaçadas de extinção pela União Mundial para Conservação da Natureza - IUCN e MMA", afirmou.
Participaram do evento, analistas ambientais da coordenação de criação da Diretoria de Unidades de Conservação Integral - Direp, a CI (conservação internacional) parceira no Plano de Trabalho com esta finalidade, pesquisadores do Projeto Pró-Abrolhos, coordenado pelo Instituto Oceanográfico da USP, universidades com pesquisas desenvolvidas na região como UFES e Jardim Botânico do RJ, ONGs como o Instituo Baleia Jubarte e a SOS Mata Atlântica.
Mais informações:
Rafael Almeida - Analista Ambiental da criação de Unidade de Conservação
(61) 3341 - 9027
http://www.icmbio.gov.br/
UC:Geral
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